Gran Aventura

O Gran Aventura é o eio de barco nas Cataratas do Iguaçu a partir do parque argentino, o Parque Nacional Iguazú. Realizado pela empresa Jungle, faz jus ao nome: é uma baita aventura, que arranca bons berros dos turistas e os deixa encharcados. 

O lado brasileiro tem um eio similar, chamado Macuco Safari. A diferença é que o eio argentino entra em duas quedas d'água, e o Macuco Safari só em uma. E ainda mais apavorante, com mais volume. Ah, e como quem faz o argentino precisa usar uma escada, tem mais restrições de público, enquanto no brasileiro vão crianças e idosos também.

• Excursão ao lado argentino das Cataratas do Iguaçu, com transporte
  
• Tour de aventura pelo lado argentino das Cataratas do Iguaçu
  

O eio ali custa 75 mil pesos argentinos (valor de 2025). Quando eu fui, deu pouco mais de 350 reais, mas a cotação lá muda o tempo inteiro, né? Ah, e também é necessário pagar a entrada no parque, veja mais informações sobre ele aqui. 

Gran Aventura: como é o eio de barco no parque argentino

Incluindo o transporte até o rio e o retorno, o eio no Rio Paraná tem duração de aproximadamente 2h30min. Em um primeiro momento, a gente faz uma viagenzinha de jardineira em meio a Mata Atlântica, ouvindo curiosidades sobre o parque.

Então chegamos a uma escadaria de 300 metros. Nada absurdo de subir/descer, mas é por causa dessas escadas que o eio argentino tem mais limitações de público — não aceita crianças com menos de 12 anos ou pessoas com dificuldade de locomoção.

Eles emprestam sacos à prova d’água, não precisa nem alugar um armário. Ah, já vale levar uma toalha junto para se secar no trecho de volta do barco, especialmente se estiver fazendo frio no dia. 

O eio ocorre no mesmo trecho do Rio Iguaçu que o Macuco Safari (o eio de barco do lado brasileiro), e tem a mesma vista também, por isso não vale a pena fazer os dois. Mas se os barcos brasileiros só vão embaixo de uma queda d'água (Salto dos Três Mosqueteiros), os argentinos vão nesse e também no San Martin, que é ainda mais lindo e apavorante. Vocês nem imaginam o que eu berrei quando o barco acelerou em direção àquela cachoeira.

Se você é corajoso, pode tentar um lugar bem na frente, para ser o primeiro a se molhar. A ida até as quedas d'água já é emocionante, porque dependendo do nível da água, a gente a por umas corredeiras. Durante o eio de barco todos permanecem sentados, observando o cenário paradisíaco do lugar. O piloto faz manobras com a embarcação, que levam os ageiros ao êxtase.

Muita gente vai de capa, mas ela não te impede de se molhar, então é uma boa levar uma muda de roupa extra. Tem gente que tem medo do eio de barco argentino porque aconteceu um acidente com mortes em 2011. Não posso dizer que eu fiquei tranquila o tempo todo, mas, pelo que eu pude ver, eles têm respeitado regras de segurança. 

É importante destacar que a gente não vai nem perto da Garganta do Diabo, a vista que se tem é das quedas do lado argentino das Cataratas do Iguaçu. A estrutura do eio é organizada, confortável mesmo para quem está com crianças ou para pessoas de idade. Não é qualquer chuva nem friaca que interrompe as atividades, mas eios com imersão na natureza sempre vão depender das condições do rio e do clima. 

Sobre tirar fotos: é praticamente impossível proteger o celular, inclusive se você tiver ele guardado no bolso. O que dá para fazer é comprar aquelas bolsinhas à prova d'água (e testar antes), ou usar gopro. Mas vai um fotógrafo da empresa para fazer registros no barco, você também pode comprá-los ao final do eio.

Veja as diferenças dos eios brasileiro e argentino nas Cataratas: